terça-feira, março 20, 2007

Teste de Língua Portuguesa 1

Bem, meninos, aqui vai um novo desafio. Desta vez é sobre o conhecimento explícito da Língua Portuguesa. Espero que correspondam ao que vos é proposto, pois tenho notado alguma lentidão na recepção e resposta aos "desafios". Todavia, quero dizer-vos que este, bem como os outros, poder-vos-á ajudar para treinar competências para a prova que se aproxima e para vos tornardes bons falantes e escritores. Tentem resolver: Teste de Língua Portuguesa 1

domingo, março 18, 2007

Desafio à "descoberta de cada um e de todos" através da leitura, reflexão e escrita...

Meninos, são-vos apresentadas algumas frases/mensagens retiradas de textos poéticos de vários autores. Exorto cada um de vós a escolher aquela com que mais se identifica, justificando a escolha, através da opção "comentário". Posteriormente, terão oportunidade de confrontar as vossas argumentações com os textos de origem das mensagens e aferir a aproximação ou distância em relação à "intencionalidade" do poeta...


A – “O sonho é ver as formas invisíveis”

B – “O meu sabor é diferente”

C – “Só sei que tinha o poder de uma criança”

D – “não tenho rota marcada, ando ao sabor da maré”

E – “É uma escada em caracol e não tem corrimão”

F – “À sombra dos plátanos as crianças dançarão”

G – “ Irei beber a luz e o amanhecer”

H – “Esperança”

I – “ Ai que prazer”

J – “Porque é livre”

L – “Sonho, mas não parece”

M – “Triste de quem é feliz”

N – “Não são pepitas de oiro que procuro”

O – “E um menino de bibe”

P – “É em nós que é tudo”

Q – “por ti cheguei ao longe aqui tão perto”

R – “Sem querer a gente pensa”

S – “Sei a verdade e sou feliz”

T – “Quer nada: serás livre.”

U – “não é cansaço…”

V – “Sem a loucura que é o homem”

X – “Ogivas para o sol – vejo-as cerradas”

Z – “Uma ideia”

O encontro de Fi de Vasconcelos Morais com o Anjo e com o Diabo…

(Chegando Fi de Vasconcelos Morais, uma socialité, ao pé da barca do Diabo, diz:)
Fi: Olá quiducho! Está bom? Ó querido tem de rever o seu guarda-roupa, esse vermelho já está completamente fora de moda! Tente optar por preto ou branco, nunca estão fora de moda!
Diabo: Vou pensar no seu conselho e a Fi Morais como tem passado?
Fi: Olhe a minha vida na Terra era uma canseira, pelo menos agora vou ter o meu merecido descanso! Sair duma festa entrar noutra, acabar de dar uma entrevista e começar outra logo de seguida, já para não falar dos fotógrafos que não me param de seguir. Por falar nisso temos de ter imenso cuidado, porque pode estar algum aí escondido.
Diabo: Esteja descansada Fi, a menina morreu e muito provavelmente já ninguém se lembra de si.
Fi: Que horror não diga isso nem a brincar! A esta hora devo ser capa de todas as revistas:”Fi de Vasconcelos Morais morre, deixando muitos motivos de orgulho para o povo português”. Eu sempre fui uma pessoa exemplar.
Diabo: Exemplar! Deixe-me rir Fi. A única coisa que sabe fazer é pousar para a fotografia! É disso que é o povo português se orgulha?
Fi: Claro todo o povo sonha um dia ser como eu: aparecer nas revistas, ir a festas, ter fotógrafos atrás de mim, usar roupa de marca, conhecer imensos sítios, enfim ter todos os luxos possíveis.
Diabo: Não se esqueça que a maior parte desses luxos eram oferecidos pelas revistas cor-de-rosa que querem ter assunto a tratar! Entre Fi a sua barca é esta!
Fi: Nem pensar! É que nem morta…
Diabo: Fi não se esqueça que está morta!
Fi: Tem razão fofo ás vezes até me esqueço que já estou a entrar em decomposição, só espero que não comece a cheirar mal, mas não há problema nenhum porque eu trago o perfume da New Collection da Chanel.
Diabo: Se esse perfume for como todas as suas roupas, malas, carteiras, sapatos e jóias não deve valer muito… É nunca ter tido dinheiro não é pecado, pecado é querer fazer-se passar por uma pessoa que não é.
Fi: O que é que o menino está a crer insinuar?! Tudo o que eu visto é de marca, MARCA, ouviu bem?
Diabo: Tem toda a razão marca falsificada, para si não deixa de ser marca!
Fi: Não se atreva a continuar olhe que eu chamo os meus seguranças.
(começa a gritar)
-Ambrósio! Edgar! Queridos cheguem aqui! Este senhor está a desrespeitar-me!
Diabo: Continue a gritar Fi, duvido é que alguém a venha ajudar!
Fi: Ouça bem o menino já me está a dever uma ida ao SPA, não tem o direito de me enervar desta maneira! Bem, até nunca quiducho… Vou ter com o meu grande amiguinho Anjinho, ele é um amor com certeza que me vai deixar embarcar!
(De seguida dirige-se para a barca do Anjo)
Anjo: Fi que fazes tu por aqui? A tua barca não é esta!
Fi: Meu amigo Anjo, como está de saúde? Há quanto tempo, dê cá um beijinho mas só um, porque há que manter uma certa classe! Como é capaz de dizer que esta não é minha barca? Eu sou um amor de pessoa tal como o menino!
Anjo: Tu um amor de pessoa, Fi? Tu sempre pensaste unicamente em ti, desrespeitaste os outros, achavas-te superior, construíste e encarnaste uma personagem que deu muito jeito ás revistas cor-de-rosa, (caso contrário não venderiam tantas), tu não tens moral.
Fi: Pare de fazer tantas insinuações! Isso é tudo mentira, eu sempre ajudei os pobres, não se lembra que eu fui passar uma tarde com uns meninos de um colégio em Lisboa?
Anjo: Meninos esses que pagavam fortunas para andar no colégio. Desde quando é que eram pobres?
Fi: Bem, mas… eram crianças, ranhosas como as outras e tudo! O menino não faz ideia do que são crianças e do que eu passei nessa tarde…São autênticos monstrinhos!
Anjo: Eu nem vou comentar, vai mas é para a barca do Diabo. Essa sim é a tua barca.
Fi: Querido olhe para mim! A minha barca é esta eu sou uma excelente pessoa. Deixe-me entrar fofo! Olhe que não se vai arrepender…Se o menino me deixar entrar até falo com uma revista para o fotografar e quem sabe até pode sair na capa, o que acha?
Anjo: Acho mal! Para além de tudo és corrupta…
Fi: O que me dizes de uma lipospiração de graça?
Anjo: Não!
Fi: Duas lipospirações?
Anjo: Não!
Fi: Uma operação plástica para tirar essas rugas mais profundas?
Anjo: Não!
Fi: Uma sessão de massagens?
Anjo: Não, não quero lipospirações, não quero operações plásticas, não quero massagens, não quero nada! Só quero que desapareças e pagues pelos teus pecados.
Fi: Não quer pensar melhor? O menino é que ficas a perder, mas pronto. Bem o inferno também não pode ser pior do que partir uma unha!
(Regressa à barca do Diabo.)
Diabo: Fi está de volta?! Então o seu “amiguinho Anjinho” não reconheceu os seus actos de santidade? Entre, entre que não se vai arrepender!
Fi: Querido, o menino já conhece o Inferno não é?
Diabo: Sim!
Fi: Então diga-me francamente não é tão mau como partir uma unha. Pois não?
Diabo: Depende da perspectiva! Entre, entre…
(Enquanto entra vai perguntando:)
Fi: Bem pelo menos há cabeleireiros, ou SPAS, ou Centros Comerciais?
Diabo: Não!
Fi: E revistas? Há alguma revista onde eu possa aparecer?
Diabo: Não!